Em setembro de 2014, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu o Grêmio com a perda de três pontos na Copa do Brasil. A punição foi referente ao caso de racismo praticado pela torcida do Imortal contra o goleiro Aranha, que defendia o Santos na época.
A decisão de retirar os pontos basicamente deu “W.O” no duelo de volta entre Grêmio e Santos pelas oitavas de final do torneio. Como o Peixe havia vencido o duelo de ida por 2 a 0, o clube paulista avançou para as quartas de final e o Tricolor Gaúcho foi eliminado.
STJD tirou pontos do Grêmio
Durante a partida de ida, realizada na Arena do Grêmio, Aranha foi alvo de racismo por parte da torcida gremista. O ex-jogador de 43 anos, inclusive, chegou a registrar um Boletim de Ocorrência sobre o caso alguns dias depois.
A princípio, o Tricolor Gaúcho seria excluído da Copa do Brasil, mas os auditores do caso tiveram receio de que essa medida abrisse um precedente para a exclusão de times no campeonato brasileiro por motivos iguais ou parecidos. Com isso, o STJD optou por retirar três pontos da equipe no jogo de volta, o que acarretou em W.O.
O procurador Paulo Schmitt, responsável por realizar a denúncia contra o Imortal, pediu a exclusão do clube do torneio e o aumento no valor da multa, que ficou definida em R$ 50 mil. A solicitação não foi aprovada pelos auditores.
“A reprodução da prova de vídeo que originou a denúncia era altamente relevante a esse processo, para que a gente não esqueça o que aconteceu, para a gente possa combater e para que o clube seja responsabilizado pelos atos de seus torcedores. Quando o clube teve a oportunidade, através de seus torcedores, e não se separa o clube e a torcida. Quem separa tenta desinformar a sociedade. Clube e torcida é uma coisa só. Quando o clube teve uma nova oportunidade, vaiou o goleiro, quando ele deveria ser aplaudido pela coragem, por trazer à tona o que a gente esconde debaixo do tapete”, disse em sua argumentação.
